Reajuste da tabela de frete impulsiona soluções de gestão, revela Sem Parar Empresas


28/11/2023

No primeiro semestre deste ano, o custo médio do frete rodoviário de uma carga transportada do estado do Amazonas para São Paulo era R$ 41.076. De Roraima para São Paulo, o valor médio foi de R$ 30.538; já do Pará com destino ao Rio de Janeiro, R$ 26.002. Os valores foram calculados com base em registros de viagem de cerca de 30 mil empresas frotistas, clientes da Sem Parar Empresas.

 

O menor preço médio encontrado (R$ 2.398) foi de São Paulo com destino às regiões Sul e Sudeste, e alguns estados da região Centro-Oeste, conforme o levantamento realizado pela Sem Parar Empresas com frotas de 21 estados do País. Esses valores são anteriores à nova tabela do piso mínimo de frete rodoviário, publicada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em agosto, com ajustes de 3,38% a 4,77%.

 

O principal componente do custo é o combustível, que responde por 40% a 50% do valor do frete, seguido por outros custos de transporte, como tipo de carga a ser transportada, distância a ser percorrida, número de eixos do veículo, pedágio, taxas e tributos, seguro da carga, manutenção e a margem de lucro do transportador. O gasto médio dos 2 milhões de caminhoneiros que trafegam pelas rodovias brasileiras é de R$ 8 mil.

 

O mercado de frete movimenta mais de R$ 150 bilhões, mas apenas 23% (R$ 35 bilhões) é considerado formal, ou seja, que está de acordo com a regulamentação da ANTT, segundo dados da Fretebras e da Sem Parar Empresas. Isso significa que 77% do mercado de transporte rodoviário opera na informalidade, utilizando uma prática antiga e ilegal para pagamento: a carta frete.

 

Além do combustível, na precificação do frete é considerado também o peso da mercadoria, pois quanto mais pesado for, maior será o consumo de combustível, o desgaste do caminhão e o tempo de entrega. Um caminhão carregado de aço, por exemplo, vai demorar mais para chegar ao seu destino do que um carregado de algodão.

 

O volume da carga também conta. Segundo a empresa, uma mercadoria volumosa ocupa mais espaço, o que reduz a taxa de ocupação interna do veículo. O tipo de mercadoria também influencia o custo final do frete. Produtos com maior valor agregado costumam ter frete mais caro, pois o custo do seguro é maior.

 

“A Sem Parar Empresas oferece uma plataforma que contribui para essa gestão e permite o pagamento do frete contratado pelo embarcador ou transportador para o caminhoneiro pessoa física ou equivalente — cooperativa ou pessoa jurídica com até três caminhões”, afirmou a empresa em comunicado.

 

Segundo a companhia, com o apoio dessa solução, que pode ser integrada aos sistemas de gestão administrativa da empresa, é possível obter até 5% de economia no frete, dependendo do tipo de tributação.

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